Balança comercial do Espírito Santo tem superávit de US$ 1,3 bilhão no 1º semestre de 2021

PUBLICADO EM 05 Ago 2021

No primeiro semestre de 2021 as exportações capixabas alcançaram US$ 4,2 bilhões, com alta de 64,0% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto as importações cresceram 19,2% e totalizaram US$ 2,9 bilhões. Com isso a balança alcançou saldo comercial positivo de US$ 1,3 bilhão. Os valores totais das exportações e das importações capixabas de janeiro a junho de 2021 também já superaram os números registrados no mesmo período de 2019, antes da pandemia de Covid-19 impactar o comércio internacional.

A perspectiva de retomada das atividades econômicas nos principais parceiros comerciais do Espírito Santo, como Estados Unidos, Canadá e China está favorecendo as exportações capixabas em 2021. Destaca-se a expressiva recuperação das exportações das indústrias extrativas, após os impactos negativos provocados pela pandemia de Covid-19 em 2020. No período de janeiro a junho de 2021, o Espírito Santo foi responsável por 2,5% das exportações brasileiras e por 2,9% das importações.

O cenário deste primeiro semestre foi favorável para as exportações capixabas em todos os segmentos de atividades econômicas analisados:

  • A agropecuária exportou US$ 381,0 milhões, crescimento de 17,4%: crescimento do café (+14,6%) e da pimenta (+48,1%);
  • As exportações das indústrias de transformação aumentaram 51,8% e alcançaram US$ 1,97 bilhão, o valor para o período desde o início da série histórica. Destaque para o crescimento as exportações de produtos semimanufacturados de ferro ou aço não ligado (+129,4%);
  • A indústria extrativa exportou US$ 1,82 bilhão e registrou crescimento de 98,6%, com crescimento dos minérios de ferro de 137,6% na comparação com o mesmo período de 2020.

 

Cabe ressaltar que a análise dos fluxos de comércio no Brasil e no Espírito Santo neste 1º semestre de 2021, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, reflete uma base de comparação bastante deprimida em 2020 devido aos impactos econômicos das medidas restritivas e de paralisação de atividades que estavam sendo adotadas pelos países para o combate ao espalhamento da Covid-19.

Com a retomada econômica de importantes parceiros comerciais, o comércio exterior brasileiro de bens continuará com um cenário mais favorável ao longo de 2021, com expectativa de aumento da demanda e elevação dos preços das commodities. Além disso, a situação cambial está favorecendo os exportadores nacionais, inclusive aqueles da indústria de bens manufaturados. 

Sobre o(a) editor(a) e outras publicações de sua autoria

Vanessa Avanci

Economista, doutora em Economia pela UFF. Analista sênior do Observatório do Ambiente de Negócios, escreve sobre conjuntura econômica e atua realizando estudos e pesquisas sobre a indústria, comércio exterior, produtividade e inovação.