Indicador de atividade econômica - IAE-Findes estima recuo de 2,0% da economia capixaba em 2019

Após dois anos consecutivos de crescimento, a economia do Espírito Santo voltou a apresentar queda em 2019. O recuo ocorreu nos três grandes setores da economia.O setor industrial recuou 7,0%, o agropecuário retraiu 3,4%  e o de serviços apresentou uma redução de 0,2%. 

Apesar da retração registrada no ano, a economia capixaba cresceu 0,9% no 4º trimestre de 2019, em comparação ao 3º trimestre, na análise da série livre de efeitos sazonais. Este é o primeiro resultado positivo, nesta comparação, após cinco trimestres consecutivos de queda, o que indica uma retomada da atividade no final de 2019.

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COMPARAÇÃO COM O BRASIL

O PIB brasileiro registrou expansão de 1,3% nos anos de 2017 e 2018 e de 1,1% em 2019. Apesar de ser uma retomada lenta, a economia brasileira cresceu 5,4% no atual período expansivo (1º trimestre de 2017 ao 4º trimestre de 2019). A atividade econômica do Espírito Santo, por sua vez, apresentou resultados inferiores ao do Brasil com crescimento de 0,1% no anos de expansão e crescimento de 0,5% e 1,1%, em 2017 e 2018, respectivamente. Em 2019 a retração foi de 2,0%.

    O que é o IAE-Findes?

    O IAE-Findes é um Indicador de Atividade Econômica do Espírito Santo, que busca reproduzir os cálculos sobre a atividade econômica do estado a partir das metodologias do IBGE para o PIB oficial. O IAE-Findes consiste em uma estimativa trimestral, com abertura setorial, da evolução do PIB capixaba para o período analisado.

Por que fazer um indicador de atividade econômica para o ES?

Porque esse indicador permite mensurar a atividade econômica capixaba, com abertura setorial enquanto ainda não estão disponíveis as informações do Sistema de Contas Regionais (SCR) do IBGE, que apresentam defasagem de 2 anos.

Baixe os dados do IAE-Findes clicando aqui.

Sobre o(a) editor(a) e outras publicações de sua autoria

Marília Silva

Economista, doutora em Economia pela FGV-SP e mestre em economia aplicada pela UFRGS. Foi pesquisadora do Centro de Estudos Quantitativos em Economia e Finanças (FGV-SP). Trabalhou como especialista de pesquisa econômica na FIESP. Possui experiência em análises quantitativas, análise de dados socioeconômicos e pesquisas econômicas.