Copom reduz Selic para 5,50% a.a.

Em reunião nos dias 17 e 18 de setembro, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reduziu a taxa básica de juros de 6,00% para 5,50% ao ano. A decisão foi unânime, produzindo a segunda queda consecutiva e renovando a mínima histórica da Selic. Ao comunicar o fato, o Comitê ainda sugeriu uma tendência de novo corte na próxima reunião, a ser realizada no final de outubro.

Cenário Externo

No mesmo dia da decisão do Copom, o Banco Central dos Estados Unidos - Federal Reserve System (Fed) – anunciou a redução em 0,25 ponto percentual a taxa básica de juros americana. O Fed justificou a decisão com base no fortalecimento do mercado de trabalho interno e na permanência da inflação em patamares baixos.

Em comunicado, o Copom reconheceu que, apesar do cenário externo seguir incerto, o contexto de desaceleração econômica mundial e de taxas de inflação abaixo das metas é relativamente favorável às economias emergentes.

Expectativas

De acordo com o Valor Econômico, mesmo com o dólar acima de R$ 4,00 a expectativa do mercado é de mais cortes na Selic ainda este ano. Apuradas pela Pesquisa Focus, as últimas projeções para o câmbio e para a taxa de juros estão em R$/US$ 4,00 e 4,75% até o final de 2019. Também de acordo com o Valor, a aposta em novos cortes da Selic e de inflação sob controle causa ainda uma projeção de juro real para um ano no menor nível já registrado no país.

Para o mercado interno, o Copom avalia que a continuidade na agenda de reformas econômicas é fundamental para a manutenção da trajetória da inflação dentro das metas. Vale ressaltar que até agosto, a inflação acumulada em 12 meses atingiu 3,43%, mantendo-se abaixo da meta do IPCA de 4,25% a.a. Além disso, o comitê estima que o PIB do terceiro trimestre apresente um modesto crescimento após o resultado favorável do segundo trimestre.

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Sobre o(a) editor(a) e outras publicações de sua autoria

Jordana Teatini

Economista pela UFJF, mestre em Economia pela UFES. Atua como Analista de Estudos e Pesquisa na Gerência de Estudos Econômicos, realizando análises conjunturais e pesquisas com foco nas áreas de Economia Industrial e Inovação.