ES cria 14.721 novos postos formais entre janeiro e julho de 2019

O mercado de trabalho capixaba registrou o fechamento de 4.117 vagas celetistas em julho de 2019, consequência da movimentação entre 28.297 admitidos e 32.414 desligados. Apesar do resultado pouco animador  para o mês, no acumulado do ano, o Espírito Santo registrou a criação de 14.721 novos postos formais, saldo 10% superior ao verificado para o mesmo período de 2018.

Na movimentação do mês de julho, criaram novas vagas os setores de construção civil (+460), comércio (+140) e serviços industriais de utilidade pública - SIUP (+56). Com relação aos setores com mais vagas fechadas, o setor de agropecuária fechou 3.190 postos formais, concentrados principalmente em atividades de cultivo do café (-2,135). Já o setor de serviços, que teve a segunda maior participação no fechamento de vagas no estado em julho de 2019 (-1.462), registrou maior encerramento de postos em atividades de serviços prestados à empresas (-851), serviços de transporte terrestre (-540) e educação (-540).

Tomando como base o total de vínculos formais de 2018, em 2019, os três setores que mais ampliaram vagas no mercado formal capixaba foram agropecuária, com crescimento de 9,67%, construção civil (5,76%) e SIUP (5,41%). No mercado de trabalho capixaba, no mês de julho de 2019, o setor de serviços respondeu pelo maior número de vínculos empregatícios (44,7%), seguido pelo comércio (24,8%) e indústria de transformação (16,0%), que juntos responderam por 85,5% dos vínculos ativos do estado.

Salário de admitidos por setor

A indústria extrativa mineral apresentou o maior salário médio de admitidos no mês (R$ 1.928,27), apesar da redução de 0,4% na comparação com o mesmo mês de 2018.

Os setores de comércio (R$ 1.257,93) e agropecuária (R$ 957,51) apresentaram salário médio de admitidos inferiores a média do estado (R$ 1.427,08).

Municípios do ES

Os três municípios com mais postos formais criados em julho de 2019 foram Vitória (+379), Cachoeiro de Itapemirim (+111) e Santa Maria de Jetibá (+93). Os novos postos celetistas criados em Vitória foram, predominantemente, nos setores de serviços (+202) e construção civil (+191). Em Cachoeiro de Itapemirim, as novas vagas se concentraram no comércio (+53) e na indústria de transformação (+42). Já em Santa Maria de Jetibá, o comércio (+32) e a indústria de transformação (+24), foram setores que mais criaram vagas.

A redução de postos formais no setor de serviços em Serra (-965) foi determinante para posicionar o município entre aqueles com mais vagas fechadas. Para o município, houve redução significativa em postos de auxiliar geral de conservação de vias permanentes (-505) e faxineiro (-336). Em Aracruz, fecharam vagas principalmente os setores de serviços (-339) e construção civil (-206). As reduções de postos formais em Linhares (-455) e Nova Venécia (-363) predominaram no setor de agropecuária, em ocupações relacionadas ao trabalhador na cultura de café no primeiro (-327), e trabalhador volante na agricultura no segundo (-404).

Sobre o(a) editor(a) e outras publicações de sua autoria

Suiani Febroni

Economista graduada na UFES e mestre em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp. Foi analista de pesquisas e ciências de dados na Oppen Social. Possui experiência em manipulação e análise de dados e indicadores, análises quantitativas e em temas relacionados à atividade econômica, mercado de trabalho e educação.