Como é distribuído o comércio exterior nas regiões capixabas?

A plataforma dos Perfis Regionais apresenta os dados dos municípios e das regionais por temas de interesse. Esses podem ser acessados na barra lateral e compreendem as temáticas de:

  • População,
  • Finanças públicas,
  • Produção e emprego,
  • Setor externo e
  • Setor de atividades.

Além das temáticas acima, ainda há a opção municipal, em que permite a comparação dos indicadores entre os municípios e/ou regional escolhida.

Na aba de setor externo é possível encontrar a quantidade exportada e importada por microrregião do Espírito Santo em 2017, e também identificar os principais parceiros de origem e destino. Portanto, o perfil ajuda responder qual a concentração dos volumes estaduais de comércio exterior por microrregião, bem como quais são os principais países parceiros internacionais por microrregião?

Antes de entrar nos dados é importante pontuar que: o comércio exterior representa o grau de interação que uma determinada localidade tem com o mercado externo e um saldo positivo nessas transações contribuem para o seu crescimento econômico. Agora vamos aos dados...

No ES, a diferença entre o total exportado (R$8,04 bilhões) e o importado (R$4,61 bilhões) resultou no saldo comercial de R$3,43 bilhões no ano de 2017. A região Metropolitana representava a maior parte desses totais contribuindo com 82% das exportações e 98% das importações. Quanto aos municípios, nota-se que Vitória foi aquele que mais exportou e Serra o que mais importou no estado. Para essa mesma microrregião, os Estados Unidos configuraram-se como o destino mais importante dos produtos vendidos, ao passo que a China a maior origem das compras internacionais.


Dentre as demais microrregiões, apenas o Rio Doce atingiu valores de exportação maiores que um bilhão, sendo que Aracruz representava 86,9% das exportações dessa localidade. A mesma microrregião também foi a segunda em valor importado, entretanto, este foi de apenas R$ 38,9 mil.

Uma curiosidade interessante é que apenas o Caparaó e a Sudoeste Serrana não tiveram os Estados Unidos como principais destinos. Nestas, aparecem Síria e Turquia, respectivamente, como os maiores compradores. Já dentre as origens de importação, a China, apareceu como a mais importante em quatro microrregiões: Caparaó, Centro-Oeste, Metropolitana e Rio Doce. Já Itália e Alemanha figuraram como origem mais proeminente em duas microrregiões cada, sendo Central Sul e Noroeste para o primeiro país e Litoral Sul e Nordeste para o segundo.


    O leitor que se interessar por esses dados pode acessar a aba setor externo da plataforma de Perfis Regionais, contudo, cabe lembrar que nem todos os municípios capixabas apresentaram movimentações no comércio externo.


Além dessas informações, outros dados podem ser acessados na plataforma para auxílio da construção de estratégias de investimento e políticas públicas.


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Sobre o(a) editor(a) e outras publicações de sua autoria

Lucas Araújo

Doutor em economia pela UFF. Atua como Analista de Estudos e Pesquisas Sênior do Observatório do Ambiente de Negócios. Pesquisa sobre indicadores de ambiente de negócios, desenvolvimento regional e cadeia produtiva.